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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

RED DUST - 1932



Uma mulher apaixonada pelo chefe de uma plantação de borracha. Uma esposa que encontra o amor selvagem, a aventura. Um marido apaixonado e não-correspondido. Esses são os perfis centrais de RED DUST(TERRA DE PAIXÕES), filme dirigido por ninguém menos que Victor Flemming e produzido por Irving Thalberg e Hunt Stromberg, duas feras da MGM nos anos 30. A história se passa num lugar remoto, uma plantação de borracha, onde só existem homens, no caso, os empregados de Dennis Carson(Clark Gable). As esposas destes homens não aguentariam ficar num lugar praticamente habitado por nativos, sem nenhum recurso urbano. Exceto para Vantine(Jean Harlow) e Barbara Willis(Mary Astor). Essas duas mulheres movidas à paixão jamais conseguiriam ficar longe de seus amores. 

Barbara é casada com Gary Willis(Gene Raymond) e é uma esposa devota, dedicada. Ela aceita ir para lá a fim de cuidar do marido. Já Vantine, uma mulher cheia de experiência de vida, inclusive amorosa, é encantada por Dennis...na verdade apaixonada mesmo. Mas ele não acredita nisso, afinal, Vantine é uma moça de vida fácil e os personagens viris de Gable não costumavam achar que o amor de mulheres como esta podiam ser verdadeiros. A loira foge de sua terra no barco em que estão Dennis e seus empregados e acaba chegando à casa em que ele se refugia. Por motivos de força maior ela teve que cair fora da cidade para não ser pega. Mais um impagável personagem de Harlow, que nos brinda com a garota que já teve muitos homens, mas sonha em ter um único - Gable. Ela oscila entre a comédia e o drama da mulher que esconde um romantismo desacreditado pela sociedade hipócrita. Sua paixão por Dennis começa a florescer quando os dois se tornam amigos. Depois de algumas brigas, é claro. Sabemos que quando Harlow e Gable estão em cena, é uma explosão de emoções e o ódio na verdade é o desejo que um nutre pelo outro. Isso é uma das coisas que mais encanta as plateias até os dias de hoje. O amor e o ódio misturados acabam indo para os lençóis e então, Gable percebe que aquela é a mulher ideal para ele, pois afinal de contas, Vantine não é vilã. É apenas uma mulher em busca do amor que nunca teve. E ele sente isso. 

A história dos personagens de Gable e Astor ajuda a esquentar ainda mais esta ótima película. A personagem muito bem construída por Mary Astor dá de cara com Dennis e a atração é instantânea. O filme literalmente pega fogo quando os dois se envolvem enquanto Gary sai em uma viagem especial de trabalho. Ela não consegue evitar o jeito másculo daquele belo homem, alto e forte. Ele se sente atraído por ela no mesmo momento em que a vê, na cabine do casal. Dennis trabalha sozinho, cheio de homens naquele lugar. Não vê uma dama como Barbara há muito tempo...talvez nunca tenha visto.
Decidido a ficar juntos, o casal resolve contar à Gary toda a verdade, porém a consciência fala mais alto quando ele vê o amor incondicional daquele marido por ela. Afinal, Dennis também não é um vilão. Apenas um homem rude que mora numa selva, cercado de borracha por todos os lados. Ele e Vantine são feitos um para o outro. Ambos perceberam que o amor havia chegado, de uma forma inesperada, como toda a grande história de amor se contrói. 
RED DUST é labareda pura aos olhos do público. Uma trama envolvente estrelada por um time de grandes astros, com produção e direção impecáveis. Na década de 50, foi refilmado com o título de MOGAMBO, com Gable no mesmo papel, além das belas Ava Gardner e Grace Kelly.
Carpe Diem com TERRA DE PAIXÕES!

Obs: Imagens valem mais do que mil palavras. Sintam o fogo de RED DUST a partir desta foto. Sensual, não?


Gable e Astor molhados de chuva...

5 comentários:

disse...

Só vi Mogambo até agora, Dani, e gostei muito. Terra de Paixões deve ser interessante por ter sido feito antes do código Hays e ainda por cima contar com a linda e sexy Jean Harlow.
Beijos!

Unknown disse...

Tão linda a Jean: amo-a!
Acho que isso não é mais segredo, né! rsrsrs
Bjos!

ANTONIO NAHUD disse...

É realmente um grande filme. Os atores estão sensacionais. Mas prefiro a versão de John Ford.

O Falcão Maltês

disse...

Tem um selinho esperando por você em meu blog!
Beijos!

Jefferson C. Vendrame disse...

Jean Harlow, a eterna vênus platinada. Os filmes dos anos 30 ao meu ver, são ótimos, principalmente os da MGM.

Abração