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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

THAT HAMILTON WOMAN, 1941




THAT HAMILTON WOMAN ou LADY HAMILTON(no Brasil A DIVINA DAMA) é um filme de 1941, produzido e dirigido por Alexander Korda. Tornou-se a película favorita de Sir. Winston Churchill e conta a história de amor de Emma - Lady Hamilton e Lord Nelson, o comandante vencedor de várias batalhas em alto mar durante a guerra napoleônica. Bela cortesã, chega à casa do embaixador britânico William Hamilton(Alan Mowbray) e se torna sua esposa. Sua vida corre tranquila e apesar de William ser bem mais velho do que ela, diz ter felicidade...até Lord Horatio Nelson(Laurence Olivier) aparecer.

Emma foi mulher fundamental na vida de todos os homens que defenderam a Inglaterra nesta época. Moderna para seu tempo, foi companheira de Lord Nelson até bem mais do que sua própria esposa, Lady Frances Nelson(Gladys Cooper), que o esperava sempre em casa. A paixão que ela tinha a fazia seguir com ele para qualquer lugar que fosse, porém algumas vezes o romance escandaloso os impedia de encontros, já que ambos eram casados. Impressionante é a sequência inicial, que traz Emma furtando uma garrafa de bebida, brigando com policiais, o que culminou com sua prisão. Lá ela conta à companheira de cela quem um dia fora. A personagem já idosa proporcionou à Vivien um de seus melhores momentos nas telas, como uma já fragilizada e triste Lady Hamilton. Um pequeno traço, quase irreconhecível daquela mulher outrora tão bela e reluzente.

Esta foi a terceira parceria de Vivien Leigh e Laurence Olivier no cinema: antes já haviam atuado juntos em 21 DAYS e FOGO SOBRE A INGLATERRA(onde o amor entre os dois aflorou). Num intervalo entre GONE WITH THE WIND e THAT HAMILTON WOMAN, Vivien tentou ser parceira de Larry em O MORRO DOS VENTOS UIVANTES(1939) e REBECCA(1940), mas ambos os testes que fez não foram aprovados. Os papéis foram para Merle Oberon e Joan Fontaine, respectivamente. A insistência de Vivien em trabalhar com Olivier demonstrava sua intensa vontade de estar com ele, nas telas e nos palcos. Não conseguia e não queria ficar longe do marido. Antes de tudo, Vivien era verdadeira admiradora do ator e queria fazer parte de sua vida, dos momentos mais bonitos da brilhante carreira de Larry. Tinha a vontade maior que ela própria de partilhar do talento daquele homem no palco, no cinema, ensaiar com ele nos intervalos, respirar Olivier dia e noite. Ele era seu ídolo e amante. Companheiro no trabalho e na vida pessoal. Além disso, havia o fato de Olivier ser muito respeitado como ator dos palcos. Vivien queria ser muito mais do que uma estrela de Hollywood. Seu desejo de se superar no Teatro e não ser mais vista como a mulher bonita acompanhou-a por toda sua vida e até colocou sua saúde em risco, diversas vezes. Fato marcante em sua história foi a primeira vez em que ficou tuberculosa, recusando-se a fazer o tratamento completo, que lhe exigia repouso absoluto, com possibilidade de receber algumas visitas. A sensação de ficar em casa por tanto tempo lhe atormentava, pois além de ter sido muito vivaz, ansiava pela dedicação aos palcos, quase sem descanso algum.

De certa forma, a história de Nelson e Lady Hamilton tem muito a ver com a do casal que os interpretou. Assim como os heróicos do período de Napoleão, Larry e Vivien também nutriam forte paixão um pelo outro, que começou quando ambos ainda tinham seus respectivos cônjuges - Jill Esmond e Leigh Hollman. A paixão avassaladora culminou no divórcio dos dois, que também tinham um filho cada, Suzanne e Tarquin, frutos de seus casamentos anteriores.

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